terça-feira, 4 de outubro de 2016

A importância do vínculo afetivo entre professor e aluno

Vídeo muito emocionante da relação professor-aluno.
   

                                    Relação professor-aluno.

  O ensino é um meio fundamental do progresso intelectual dos alunos e uma combinação adequada entre a condução do processo de ensino pelo professor e a assimilação ativa, como atividade autônoma e independente, por meio do aluno. Pode-se sintetizar-se dizendo que a relação entre ensino e a aprendizagem não é automática, não pode ser vista como uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende. Tendo como base os conceitos de Jean Piaget a respeito da aprendizagem, os processos mentais que antecedem o tão esperado resultado da mesma, revelam a dificuldade existente nos educandos de obterem e aprenderem novos conceitos e conteúdo.
Como afirma Wallon (1985, p.130):
“Um professor realmente ciente das responsabilidades que lhes são confiadas deve tomar partidos dos problemas de sua época. Ele deve tomar partido não cegamente, mas a luz do que sua educação e sua instrução lhes permitam fazer. Ele deve tomar partido para conhecer verdadeiramente quais são as relações sociais, quais são os valores morais de sua época. Ele deve se engajar não somente com seu trabalho de escritórios, e não somente para a análise das situações econômicas ou sociais de seu tempo e de seu país; ele deve ser solidário com seus estudantes, aprendendo com eles quais são as suas condições de vida, por exemplo. Ele deve constantemente buscar novas ideias e modificar a si próprio para um contato permanente com uma realidade em evolução permanente, feito da existência de todos e que deve atender aos interesses de todos”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.    
 Logo, o professor deixará de ser o “dono do saber” e passará a ser um orientador, alguém que acompanha e participa do processo de construção e das novas aprendizagens do aluno em seu processo de formação. Sendo assim, pode-se dizer que os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo especifico. Eles regulam as formas de interação entre ensino e aprendizagem, ente o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos. Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura necessária em suas aulas, maiores avanços estarão conquistando em relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para transformarem a realidade. Quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é visto com um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os a refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizado em sua pratica docente.
Segundo Paulo Freire (1967, p. 66), "[...] o diálogo é uma relação horizontal. Nutre-se de amor, humildade, esperança, fé e confiança" O modo de entender e agir que nos possibilita não nos deixarmos abater pela adversidade e, até mesmo, de utilizá-la para crescer. Uma das causas do fracasso do ensino é que tradicionalmente, a prática mais comum era aquela em que o professor apresentava o conteúdo partindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, pressupondo-se que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir, mas não aprendeu o conteúdo. É necessário saber para ensinar. O professor deve se mostrar competente na sua área de atuação, demonstrando domínio na ciência que se propõe a lecionar, pois do contrário, irá apenas "despejar" os conteúdos "decorados" sobre os alunos, sem lhes dar oportunidade de questionamentos e criticidade.
A atitude do professor em sala de aula é importante para criar clima de atenção e concentração, sem que perca a alegria. As aulas tanto podem inibir o aluno, quanto fazer que atuem de maneira indisciplinada. Portanto, o papel do professor é o de mediador e facilitador, que interaja com os alunos na construção do saber. Esse clima poderá ser positivo, de apoio ao aluno quando o relacionamento é afetuoso, cordial.
Nesse caso, o aluno sente segurança, não teme as críticas e a censura do professor; seu nível de ansiedade se mantém baixo e ele pode trabalhar descontraído, criar, render mais intelectualmente. Porém, se aluno teme constantemente às críticas e a censura do professor, se o relacionamento entre eles é permeado de hostilidade e contraste, a atmosfera da sala de aula é negativa. Ser professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma tarefa que requer amor e habilidade.
A relação professor-aluno é uma condição do processo de aprendizagem, pois essa relação dinamiza e dá sentido ao processo educativo. Apesar de estar sujeita a um programa, normas da instituição de ensino, a interação do professor e do aluno forma o centro do processo educativo. A relação professora- aluno pode se mostrar conflituosa, pois se baseia no convívio de classes sociais, culturas, valores e objetivos diferentes.


3 comentários:

  1. Estou orgulhosa de seu trabalho! O compromisso e a dedicação são marcas de seu trabalho.

    ResponderExcluir
  2. Estou orgulhosa de seu trabalho! O compromisso e a dedicação são marcas de seu trabalho.

    ResponderExcluir