Vídeo muito emocionante da relação professor-aluno.
O ensino é um meio fundamental do progresso
intelectual dos alunos e uma combinação adequada entre a condução do processo
de ensino pelo professor e a assimilação ativa, como atividade autônoma e
independente, por meio do aluno. Pode-se sintetizar-se dizendo que a relação
entre ensino e a aprendizagem não é automática, não pode ser vista como uma
simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende. Tendo
como base os conceitos de Jean Piaget a respeito da aprendizagem, os processos
mentais que antecedem o tão esperado resultado da mesma, revelam a dificuldade
existente nos educandos de obterem e aprenderem novos conceitos e conteúdo.
Como afirma Wallon (1985, p.130):
“Um professor realmente ciente das responsabilidades que
lhes são confiadas deve tomar partidos dos problemas de sua época. Ele deve
tomar partido não cegamente, mas a luz do que sua educação e sua instrução lhes
permitam fazer. Ele deve tomar partido para conhecer verdadeiramente quais são
as relações sociais, quais são os valores morais de sua época. Ele deve se
engajar não somente com seu trabalho de escritórios, e não somente para a
análise das situações econômicas ou sociais de seu tempo e de seu país; ele
deve ser solidário com seus estudantes, aprendendo com eles quais são as suas
condições de vida, por exemplo. Ele deve constantemente buscar novas ideias e
modificar a si próprio para um contato permanente com uma realidade em evolução
permanente, feito da existência de todos e que deve atender aos interesses de
todos”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que
consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu
pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus
alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Logo, o professor
deixará de ser o “dono do saber” e passará a ser um orientador, alguém que
acompanha e participa do processo de construção e das novas aprendizagens do
aluno em seu processo de formação. Sendo assim, pode-se dizer que os métodos de
ensino são as ações do professor pelas quais se organizam atividades de ensino
e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um
conteúdo especifico. Eles regulam as formas de interação entre ensino e
aprendizagem, ente o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação
consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas
e operativas dos alunos. Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão
do diálogo como postura necessária em suas aulas, maiores avanços estarão
conquistando em relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos
e mobilizados para transformarem a realidade. Quando o professor atua nessa
perspectiva, ele não é visto com um mero transmissor de conhecimentos, mas como
um mediador, alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os
a refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizado em sua pratica
docente.
Segundo Paulo Freire (1967, p. 66), "[...] o diálogo é uma relação
horizontal. Nutre-se de amor, humildade, esperança, fé e confiança" O modo
de entender e agir que nos possibilita não nos deixarmos abater pela
adversidade e, até mesmo, de utilizá-la para crescer. Uma das causas do
fracasso do ensino é que tradicionalmente, a prática mais comum era aquela em
que o professor apresentava o conteúdo partindo de definições, exemplos,
demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e
aplicação, pressupondo-se que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se
que uma reprodução correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa
prática mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma
simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir, mas não aprendeu o
conteúdo. É necessário saber para ensinar. O professor deve se mostrar
competente na sua área de atuação, demonstrando domínio na ciência que se
propõe a lecionar, pois do contrário, irá apenas "despejar" os
conteúdos "decorados" sobre os alunos, sem lhes dar oportunidade de
questionamentos e criticidade.
A atitude do professor em sala de aula é importante para
criar clima de atenção e concentração, sem que perca a alegria. As aulas
tanto podem inibir o aluno, quanto fazer que atuem de maneira indisciplinada.
Portanto, o papel do professor é o de mediador e facilitador, que interaja com
os alunos na construção do saber. Esse clima poderá ser positivo, de apoio ao
aluno quando o relacionamento é afetuoso, cordial.
Nesse caso, o aluno sente segurança, não teme as críticas e
a censura do professor; seu nível de ansiedade se mantém baixo e ele pode
trabalhar descontraído, criar, render mais intelectualmente. Porém, se aluno
teme constantemente às críticas e a censura do professor, se o relacionamento
entre eles é permeado de hostilidade e contraste, a atmosfera da sala de aula é
negativa. Ser professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma
tarefa que requer amor e habilidade.
A relação professor-aluno é uma condição do processo de
aprendizagem, pois essa relação dinamiza e dá sentido ao processo educativo.
Apesar de estar sujeita a um programa, normas da instituição de ensino, a
interação do professor e do aluno forma o centro do processo educativo. A relação
professora- aluno pode se mostrar conflituosa, pois se baseia no convívio de
classes sociais, culturas, valores e objetivos diferentes.
Estou orgulhosa de seu trabalho! O compromisso e a dedicação são marcas de seu trabalho.
ResponderExcluirEstou orgulhosa de seu trabalho! O compromisso e a dedicação são marcas de seu trabalho.
ResponderExcluirobrigado professora Carla.
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