Quando pensamos na escola, qualquer que seja a instituição
de ensino e de qualquer nível, com sua clientela e com suas normas, nos vem à
mente o conceito de utilitarismo. O termo constitui uma teoria ética para
responder a todas as questões acerca do que fazer, do que administrar e de como
viver em termos de maximização da utilidade e da felicidade. Essa corrente de
pensamento também era conhecida pela idealização do panoptismo, que corresponde
a observação total, a tomada integral por parte do Poder disciplinador da vida
de um indivíduo.
Em 1789 Jeremy Benthan
seguidor da filosofia utilitarismo, escrever um livro desmistificando este
conceito. Na obra, eles explicavam que o panóptico foi pensado como um projeto
de prisão modelo para reforma dos detentos. O objetivo deste regime era deixar
os prisioneiros a sós com sua culpa para que contemplasse seu futuro. Mas por
vontade expressa do autor, foi também um plano exemplo para todas as
instituições educacionais de assistência e de trabalho, visando despertar
reflexão e a auto avaliação dos seres humanos. Uma solução Econômica para os
problemas do encarceramento e o esboço de uma sociedade racional. A fórmula de
disciplina, proposta pelo panóptico pressupõe que os indivíduos refletiriam
sobre os seus atos, valores e consequências.
Não
é fácil.
Educar para a disciplina pessoal é um dos grandes desafios
de educadores e gestores.
Hoje, as pessoas
alunos gozam de tão ampla Liberdade suportada por umas e por um extenso
entendimento de direitos que estabelece limite justamente com os estudantes, se
torna uma tarefa árdua e muitas vezes impostas sem diálogo. E dentro deste modelo
de disciplina não se aprende a ser cidadão, aprende-se apenas a cobrar, sem
refletir sobre o processo.